CASTRO CANDILEJAS [esporão los asturcones – 6a / 240m]
A parede do Castro Candilejas encontra-se situada no vale de La Hemida – Picos da Europa – e é vizinha do conhecido Cueto Agero. Sem ser tão imponente como o seu vizinho tem algumas vias clássicas como é o caso do esporão de Los Asturcones.
De forma geral a rocha é bastante boa com excepção do primeiro lance e duas ou três zonas ao longo dos lances com blocos um pouco mais soltos. É uma via onde encontraremos um pouco de tudo: trepes fáceis, aderência, fissuras, diedros, placas, …
A linha está quase na totalmente desequipada, sendo no terceiro lance a zona onde encontraremos mais pitões colocados. É também a parte mais difícil de proteger de outra forma. Predominam ao longo de toda a linha as fissuras estreitas pelo que o material mais útil são os friends pequenos a médios. Nos locais das reuniões da zona inferior encontraremos quase sempre um cordino de onde já alguém rapelou (todos bastante velhos e gastos) mas que nos ajuda a localizar as mesmas.
APROXIMAÇÃO
Saindo de Potes, pela estrada que segue em direcção Panes, desviamos para a povoação de Allende cerca de 8 kms depois. A estrada termina num pequeno largo onde deixamos o carro. Daqui seguimos pelo estradão que sobe em zig-zag até à zona mais alta. Quando o estradão termina encontramos um portão de rede e o caminho de acesso ao canal entre o Castro Candillejas e o Cueto Agero. Aqui, sobre o lado esquerdo, sai o caminho de acesso à base do esporão, marcado quase na sua totalidade por mariolas (1h – 1h30).
NA VIA
Lance 1 – A via inicia na base do esporão por uma zona de blocos algo soltos que continua por um pequeno diedro à esquerda de uma árvore. Sem ser complicado o lance exige algum cuidado pela questão dos blocos soltos. No cimo do diedro encontramos o local da reunião com um arbusto e um cordino no mesmo.
Lance 2 – Este é o lance mais difícil. Seguimos por uma fina fissura inclinada com os pés em aderência e algumas presas menos evidentes na parte superior. De baixo o lance parece ser mais acessível do que efectivamente é. Além do material fixo (uma ponte de rocha e um pitão) podemos reforçar com alguma facilidade com friends pequenos. A seguir ao pitão o lance torna-se mais fácil e encontramos outro cordino numa árvore. No entanto o sítio mais confortável para a reunião é um pouco mais acima onde temos uma boa plataforma para os pés. É aconselhável passar as cordas no cordino que se encontra na árvore para que as mesmas não fiquem entaladas nos blocos finais da fissura.
Lance 3 – Agora continuamos por um diedro oculto, situado à esquerda da linha do esporão que vemos à nossa frente. Continuamos por ele até umas árvores, antes de umas placas, onde podemos montar a reunião.
Lance 4 – Seguimos pelas placas acima da reunião para continuar por uma fissura –diedro com uma árvore do lado direito. No cimo desta vamos atravessando com tendência sobre a esquerda para continuar por um diedro acima de uma pequena árvore. No cimo deste atravessamos para a esquerda para encontrar a reunião em pitões, que podemos reforçar.
Lance 5 – Este é o lance mais vertical, mais mantido e onde podemos proteger nos vários pitões colocados. Em algumas partes é mesmo difícil acrescentar mais proteção com entaladores face às fissuras serem tão finas. Seguimos por uma fissura à direita da reunião até uma placa cortada por um pequeno tecto. Ultrapassamos o tecto pela esquerda junto ao pitão (possivel reforçar à direita) para seguir por um muro fissurado, mantendo uma tendência para a direita, em direcção ao canto do seguinte tecto. A passagem deste tecto é a parte com mais ambiente mas as presas são boas e permite desfrutá-lo. Montamos a reunião antes da zona de arbustos nos blocos.
Lance 6 – Atravessamos a zona de “jardim” até à base de um diedro onde montamos a próxima reunião
Lance 7 – Seguimos pelo diedro e umas placas até à base de um novo diedro, com alguns arbustos, onde montamos reunião.
Lance 8 – Só nos falta subir este último diedro para alcançar o cimo da via e do Castro Candilejas
DESCIDA
Do cimo atravessamos uma zona mais plana e que dá acesso a uma “majada” (abrigo de pastores). Ao chegar a esta cortamos logo à direita para alcançar o cimo do canal entre Castro Candilejas e o Cueto Agero que descemos até regressarmos novamente o caminho de subida.
Água – não existe qualquer fonte em Allende nem a partir desta povoação até à parede. É necessario levar. Dada a orientação sul desta parede, e a forma protegida da sua situação, o local é muito quente nos meses de verão. É aconselhável escolher alturas mais frescas ou então escalar em dias cobertos.
Dormida – podemos dormir num dos vários alojamentos ou parques de campismo existentes em Potes.
Rocha – calcário de uma forma geral de boa qualidade com zonas isoladas de blocos soltos, como é o caso do primeiro lance.
Material – corda dupla de 50 metros (ideal devido ao atrito e aos blocos soltos), jogo de friends até #3 da Black Diamond, jogo entaladores, 12 expresses, cintas para alongamentos.
Previsão Meteorológica