Já tinha percorrido o contraforte dos Argaos durante o verão através da sua aresta. Desta vez trepamos as suas ladeiras através do corredor existente entre o primeiro e segundo Argaos. Com uma aproximação relativamente curta desde o Refugio de Vegaredonda, e uma dificuldade simpática, é uma excelente opção para um dia de descanso activo ou como formação a este tipo de terrenos.
O corredor do Marqués é um conhecido percurso no maciço ocidental sendo um dos corredores mais percorridos dos Picos da Europa. O seu percurso é bem identificável até dos lagos de Covadonga tal é a amplitude deste maciço. Percorre a face norte da Torre de Santa Maria, ou Peña Santa de Enol (2487 metros) como também é conhecida.
Com umas vistas singulares sobre todo o maciço ocidental é um pico com muito ambiente alpino, tal como quase todo este maciço.
Em contraste com os outros maciços dos Picos da Europa neste não existe nenhuma estrada ou teleférico que facilite o acesso à zona mais alta. Todos os acessos tem que ser feitos a pé, sendo o que inicia mais alto é precisamente por onde começamos esta ascensão, Pan de Carmen, perto dos lagos de Covadonga, a 1050 metros de altitude.
Descarregar CroquiGPS Este corredor é uma forma de apimentar a ascensão do Pico Torres (2104 m.). Este pico é um cimo característico e bem identificável quando estamos no Puerto de San Isidro. Sem ser muito difícil é o corredor mais à esquerda da via normal de ascensão. Dada a sua orientação por vezes não a encontramos em condições ou tem os ressaltes secos (como foi o caso de quando o fizemos em 2022). Existe outro corredor à direita deste, ou seja entre o que descrevo e a via normal invernal, mas este ainda é mais difícil encontrar em condições.
O acesso é o mesmo da via normal e só teremos que andar mais umas dezenas de metros para o lado.
O ponto de partida é desde o parque estacionamento de La Raya, uns 150 metros abaixo do desvio para a estação de esqui de S. Isidro no sentido de Oviedo. O percurso de acesso tem pouco desnível, apesar de ser algo mais longo do que parece, e irá custar-nos cerca de hora e meia até à base do Torres.
Vermelho
aproximação
Laranja
via
Azul
variante de travessia para aresta
Verde
descida pela via normal
VIA
A via tem cerca de 200 metros, o que dá cerca de quatro lances com cordas de 60 metros, e uma inclinação média de uns 45º, com um máximo de 50/55º na zona do ressalto no 2º lance.
Em toda a via é possível fazer as reuniões com pontos na rocha lateral. A R0 é no esporão direito do corredor. a R1 é numa pequena cova à direita. A R2 à esquerda antes do zona mais estreita do ressalte. A R3 é num grande bloco no cimo do esporão da direita.
No final do 3º lance é habitual atravessar para a direita até à aresta que vem do corredor da via normal, no entanto pareceu-me mais lógico – e directo – seguir em frente e atravessar o bloco de rocha do final. Assim nós fizemos a R4 no colo para contornar o pináculo pela esquerda em vez de ir à aresta.
Depois de estarmos na aresta contornamos pela face norte a zona de rocha até encontrarmos um colo para o qual subimos. Daqui trepamos a zona de blocos que nos separa do cume (IIIº).
Para descer regressamos à aresta para descer até ao marcado colo à direita da via que subimos para continuar pelo largo canal da via normal e alcançar o percurso de subida.
Informações
Dormida – existem vários alojamentos sendo que um dos mais em conta é o Albergue de Bustiello
O corredor ENAM, ou Superman como é habitualmente conhecido, situa-se no cimo do vale de Vega de Naranco, a norte da montanha Palentina. Esta zona tem montes de possibilidades e foi palco de intensa actividade à uns anos e a Escuela Cántabra de Alta Montaña usava-a como local habitual para os cursos de alpinismo o que deu origem a abertura de muitas das linhas.
A Tour Ronde é um excelente miradouro para todo o maciço do Monte Branco. Do seu cimo vemos desde Aresta da Brenva até ao Monte Branco do Tacul passando por cimos como o Grand Capucin ou, no lado contrário, o Dent do Geant e a Aresta de Rochefort seguido pelas Grandes Jorasses.
Este cimo tem vários corredores interessantes por onde podemos subir mas a sua face norte, bem identificável de longe, é sempre impressionante. Mais se imaginarmos que a primeira ascensão por esta face foi efectuada por guia, em 1886, a talhar degraus, com um piolet de 1m50, enquanto levava um cliente, e após no dia anterior aberto a via até meio e descido! Outros tempos…
Em outros anos, era possível fazer esta face norte em pleno Agosto. Agora, infelizmente, existem anos em que Maio/Junho já não existem condições. A sofrer enormemente com a perda do permafrost, tem ocorrido na Tour Ronde frequentes quedas de pedras não sendo aconselhável a sua subida durante os meses de verão. Foi o primeiro cume do maciço do Monte Branco a ser analisado e controlado através da medição por lazer num projecto de controlo da evolução do permafrost em alta montanha.
Pratico várias actividades ligadas, de alguma forma, à montanha.
Com este site pretendo que encontrem croquis de escalada, alpinismo, fotos, percursos de marcha, esqui de montanha, percursos de GPS, BTT, e de outras actividades ligadas à montanha que vão ter a particularidade, de quase todas, a ter feito e vivido.
Espero com as minhas descrições e apontamentos ajudar a que outros praticantes desfrutem a montanha tanto, ou mais, do que eu. Se surgir alguma duvida, em que possa ajudar, não hesitem em contactarem-me.