SERRA AMARELA [GR34]

Este percurso percorre a Serra Amarela pela sua zona mais alta. Uma parte do trilho é fora da área do Parque Peneda-Gerês o que permite fazer o percurso bivacando a meio, o que melhora a experiência desta excelente volta. Nós realizamos o trilho num fim-de-semana de outono, talvez a melhor opção, pois apesar de os dias serem mais curtos são também mais frescos tornando a marcha mais agradável. Isso associado às cores e luz típicas desta altura do ano tornam os dias verdadeiramente apetecíveis.

TORRE BLANCA E HORCADOS ROJOS (ascenções)

GPS


A Torre Blanca é um evidente cume, bem visível para quem se aproxima da Cabana Verónica. Este cimo faz parte da corda que inicia no Madejuno e se prolonga até ao Llambrion, e onde se encontram alguns dos cumes mais altos desta zona. É bastante frequentado no inverno pelos praticantes de esqui de montanha pelo seu bom acesso desde a estação superior do teleférico de Fuente Dé e pela boa descida de regresso.

Fora dessa época também é um interessante objectivo. Por um lado é onde inicia a interessante aresta até ao LLambrion, por outro nunca tinha estado no seu cimo.  Assim aproveitei ambos os motivos para subir.

SERRA FREITA [PR7 + PR15 + PR16]

GPS


Há muito tempo que andava com vontade de unir os vários pequenos percursos marcados que existem à volta de Albergaria das Cabras na Serra da Freita.

Eles são três: o PR7 – NAS ESCARPAS DA MIZARELA com 8 kms, o PR15 – VIAGEM À PRÉ-HISTÓRIA com 17 kms e o PR16 – CAMINHADA EXÓTICA com 9 kms (que actualmente foi alterado para o Trilho de S. Pedro Velho). São percursos relativamente curtos, indicados para conhecer esta parte da serra da Freita. Alguns deles já tem algum desnível, mas nada substancial. Infelizmente estão tão juntos que se sobrepõe uns aos outros. Foi essa proximidade que me fez pensar: “isto dava era para fazer um trilho único!”.

SERRA AMARELA + SERRA STA.EUFÉMIA [Travessia]

Este percurso passa no alto destes dois cimos que em conjunto formam estes marcado maciço. É um percurso longo, com cerca de 42 kms, e com bastante desnível, 3400 m desnível acumulado. Pode ser dividido em dois dias, caso não pretendam um dia tão forte. Eu já tinha este projecto há algum tempo até que a oportunidade e os “astros” alinharam-se para ir avante. Como estava sozinho a gestão foi mais cuidadosa, quer do esforço, quer durante o percurso de forma a evitar algum acidente. Salvaguardei que ia ter um dia sem qualquer risco de alteração negativa da meteorologia e que tinha margem de tempo suficiente caso necessita-se de alongar o dia.

TIROS NAVARROS + PICO STA.ANA + PEÑA VIEJA [volta entre cumes]

GPS Descrição

Já há alguns anos que queria espreitar os Picos de Sta Ana. Numa outra volta já tinha passado perto mas na altura o objectivo não era esse. Agora que estava sozinho, e os objectivos tinham que ser ajustados a essa realidade, estes picos pareceram uma boa ideia. Como só subir a Sta. Ana parecia pouco revolvi juntar uns cumes perto, os Tiros Navarros. Mas depois de subir estes dois ainda havia energia para qualquer coisa pelo que decidi juntar Peña Vieja para terminar.

Os primeiros objectivos foram o Tiros Navarros que são mais afastados e permitem um descanso das pernas depois da primeira subida. A saída é da estação superior do teleférico de Fuente Dé (1850 m). Para quem achar pouco esta volta pode sempre fazer esta a subida a pé e dispensar o teleférico. Da estação seguimos o caminho para o refúgio da Cabana Verónica até encontrar o evidente caminho à direita que nos leva até ao colo da Canalona. Inicialmente é bem visível o trabalho efectuado na construção deste caminho com o objectivo da tentar fazer exploração mineira nesta zona.

Ao chegar ao colo da Canalona (2444 m) já vemos o primeiro objectivo mesmo em frente. Agora descemos um pouco o cimo do Canal del Vidrio em direcção à base do evidente esporão Este dos Tiros Navarros, sempre tentando não descer demasiado. Na base do esporão, subíamos pelas pendentes por baixo das paredes de rocha procurando uma passagem sobre a direita deste, trepamos umas franjas de rocha até encontrar um canal que sobe para a zona alta do esporão. Continuamos por ele, em direcção ao cimo central dos Tiros (2600 m), antes do qual encontramos um pequeno trepe. Como estava sozinho desisti do cimo sul, pois tem passos de escalada expostos para ir sem segurança, e segui para a direita em direcção ao cume principal (2602 m). Para descer seguimos o mesmo caminho da subida até alcançar novamente o Canal del Vidrio.

Seguimos novamente em direcção ao Colo da Canalona mas um pouco antes desviamos para o Colado de Sta. Ana (2503 m). Deste seguimos em diagonal para a direita em direcção ao colo entre ambos os picos. O caminho é de uma forma geral bem visível. Antes do cume encontramos um passo de IIº que alcança um esporão (cordino rappel) para logo a seguir ganhar a aresta um pouco à direita do cume (2601 m). Voltamos a descer pelo mesmo caminho até novamente chegarmos ao colo entre os picos. Aqui, em vez de continuamos a descer, seguimos a aresta até alcançar o esporão que vem do Collado de Canalona.  Subimos por este com tendência sobre a vertente da Canalona até chegar uma brecha que nos deixa no cimo (2596m). Para descer voltamos ao esporão, desta vez para o seguir destrepando uma pequena brecha (aéreo) que nos deixa na zona mais larga e que segue até ao colo de Canalona.

Resta-nos subir a Peña Vieja. O caminho agora contorna com tendência para a esquerda, passando pela base Torre de los Coteros Rojos, até atingir a evidente pendente que desce do cimo limitada por contrafortes laterais. Aqui vamos encontrar vários caminhos que sulcam a cascalheira de pedra solta que é esta pendente. Vamos subindo tendo sempre em atenção a possibilidade de queda de pedras que pessoas que estejam mais a cima possam soltar, ao mesmo tempo que esta se vai estreitando até chegar à direita ao cume (2613 m). Só nos falta fazer os 800 metros de desnível que nos separam do teleférico seguindo todo o caminho de subida passando novamente pelo Collado de Canalona e o caminho que desce da Cabana Verónica.