CASCATA MISARELA [via belavista]
A via Belavista é uma via de vários lances, totalmente equipados, na zona da Cascata da Misarela, Serra da Freita.
Com grande ambiente, e por vezes bem aérea, é talvez uma das ultimas vias do legado que nos deixou o excelente escalador Sérgio Martins.
A zona intermédia do primeiro lance já fazia parte do inicio original da Splash tendo sido esquecida pela sua exposição (só possível proteger por pequenos pitões em locais específicos) e pelo uso mais habitual da via Testemunha, situada à sua direita, mais no centro da placa. Nos anos 90, esta zona mais exposta esquecida, foi parcialmente equipado por mim e outro escalador meu parceiro desses tempos, voltando a ser novamente frequentada. Por volta de 2014/2015 (não consegui ter informação precisa da data) o Sérgio Martins com o Pedro Guedes e Miguel Silva, aumentaram a linha existente tornando-a uma via autónoma e só possível pelo equipamento colocado.
A VIA
A linha inicia nuns blocos um pouco acima da linha de agua rio, e segue a aresta paralelamente ao percurso habitual da conhecida via Splash.
1º lance – inicia nos blocos junto ao rio, uns metros abaixo do inicio da via Splach. Este lance é relativamente fácil de seguir por a linha acompanha a evidente aresta que limita a placa. A primeira reunião é comum com a via Splach e está situada na entrada para o grande tecto (reunião com corrente).
2º lance – a linha continua a acompanhar a lateral esquerda da placa passando por cima do tecto até atingir a zona de aresta mais fácil que seguimos trepando os blocos até alcançarmos a parede vertical à esquerda da aresta. Reunião com dois parabolts comum com a via do Monitor.
3º lance – no inicio deste lance encontramos o passo mais duro da via. No entanto este pode ser evitado se seguirmos a via do monitor. Para fazermos o passe seguirmos sobre o rebordo da parede vertical (2 parabolts) tendo em atenção que o terceiro ponto mais às esquerda que vamos ver já é pertença de outra via aberta na parte vertical da parede. Saindo deste passo seguimos a direito para uns pontos colocados já na placa. Não seguir para os pontos à direita, via do Monitor, mas para sim em direcção ao uma pança (um ponto) para encontrar a reunião equipada no cimo da placa.
Saída – desta reunião resta-nos trepar até ao cimo procurando as zonas mais fáceis entre os blocos e arbustos. Nos metros iniciais da saída da reunião pode valer a pena usar a corda como segurança em pessoas com menos à vontade neste tipo de terreno.
Acesso – Saindo do Porto pela A20 / Ponte do Freixo, desviar para a A32 em direcção a Oliveira de Azemeis e continuar até à saída de Arouca. Aí seguir pela N224-1 desviando para a Serra da Freita na rotunda que existe quando se chega à povoação de Chão de Ave (placas).
Agua – é necessário trazer agua pois não existe abastecimento perto das paredes
Dormida – podemos bivacar próximo do acesso à parede ou então (mais aconselhável) dormir no parque de campismo de Merujal.
Rocha – granito