CASCATA DA MIZARELA [Via Splash]
Esta via é considerada uma clássica nas existentes à volta do Porto e do norte de Portugal. Percorre a lateral da espectacular Cascata da Mizarela (ou Frecha da Mizarela como também é conhecida) localizada na Serra da Freita, perto de Arouca. É o local ideal para tomar contacto pela primeira vez com as vias de escalada clássica. Nós já perdemos a conta das vezes que a fizemos. Sem ser de dificuldade extrema é uma via muito agradável e com uma vista fantástica.
A via
1. lance – começa numa evidente placa do lado direito da cascata. Subir por ela (linha laranja) e não seguir a linha de parabolts que existe na lateral esquerda (actualmente Via Belavista e lance original de inicio). Seguir mais ou menos próximo do pequeno diedro que a placa forma do lado direito. Depois de passar uma grande laje vertical fazer uma travessia para a esquerda até chegar a uma reunião equipada na base do evidente tecto.
2. lance – este lance, apesar de não ser particularmente difícil é o que exige mais à vontade nas manobras de corda e no estar seguro num local bastante aéreo. A travessia é a descer pelo que a passagem para o 1º é mais agradável do que para o 2º. Daí segue-se a atravessar o tecto até um parabolt com uma argola que existe no lado
oposto. Para as pessoas baixas, quer no caso do 1º como no do 2º cordada, e que não chegam ao tecto poderá ser necessário usar uma cinta no primeiro ponto por baixo do tecto para ajudar na passagem. Ao chegar à argola é necessário o primeiro cordada auto segurar-se de forma a se desencordar e passar a corda na nesta. Esta manobra permitirá que o segundo o baixe até ficar ao nível de poder passar para um bloco que existe em frente ao local onde vai descer. Após a passagem para cima do bloco continuamos até atingir um grande diedro na base do qual fazemos a reunião (sem equipamento). É de todo
aconselhável tentar que o 1º cordada estenda a segurança de forma a que possa ver a passagem do 2º. O 2º só terá fazer a travessia, usar a corda passada na argola como fosse descido de um top, desencordar-se para recuperar a corda (é melhor fazê-lo antes da passagem para o bloco) e continuar até à reunião.
3. lance – sobe-se o diedro até ficar por baixo de uma arvore que existe do lado direito. Aí sobe-se a placa do lado esquerdo, passa-se uma fissura bem marcada, para atingir a base de um evidente diedro. A melhor forma de o passar será subir o muro do lado direito até à altura em que podemos passar para dentro do diedro, ainda abaixo do pitão que existe no cimo deste. Continuar sempre até atingir uma zona em que, através da travessia de uma laje plana do lado direito atingimos a reunião equipada com um ponto. Este lance é longo e a partir de determinada altura é necessário falar alto para nos conseguirmos ouvir devido ao barulho da cascata.
4. lance – segue-se a evidente fissura-diedro, passa-se uma reunião não equipada por terem sido roubadas as chapas e continua-se por uma zona de blocos aproveitando ao máximo o comprimento da corda. Possivelmente será necessário fazer mais um pequeno lance depois deste para atingir o cimo da parede.
Descida – Do cimo da via desce até ao rio para atravessa-lo junto a um antigo moinho de pedra existente na outra margem.
Época – A melhor altura é a primavera ou o outono. No verão, e devido à sua orientação a sul, torna-se demasiado quente. No inverno pode ser impossível de escalar por causa da proximidade da cascata.
Acesso – Saindo do Porto pela A20 / Ponte do Freixo, desviar para a A32 em direcção a Oliveira de Azemeis e continuar até à saída de Arouca. Aí seguir pela N224-1 desviando para a Serra da Freita na rotunda que existe quando se chega à povoação de Chão de Ave (placas).
Dormir – podemos bivacar próximo do acesso à parede ou então dormir no parque de campismo de Merujal.