Picos da Europa [naranjo de bulnes – via cepeda]

A via Cepeda é de certeza a via de escalada mais clássica da face este. Os três primeiros lances (max.IV) são comuns com a via Schulze até alcançar o cimo do enorme bloco de rocha em forma a de Y. Daqui seguimos pelos que poderão ser os lances mais bonitos da via. Depois de passar por uma zona de placa e encontramos um diedro sobre a esquerda no cimo dos quais encontramos uma grande terraça (dois lances max. V). Seguimos com tendência para esquerda sobre outra terraça. No cimo da segunda encontramos um nicho e, seguindo uns diedros, subimos até encontrar um sub-prumo que parece bloquear a continuação (três lances max. IV).

Passamos sobre a sua direita (5+/6a- (A0) protegido com um ponto) para alcançar o característico buraco que liga o lado sul com o anfiteatro sul. Aqui é possível passa para o anfiteatro ou escalar o fio do esporão este até ao cimo oriental. Resta-nos seguir a aresta cimeira até cume principal (três lances IV).

Na descida, e se houver bastante gente nos rappeis, aconselho a a aguardar e ser dos últimos. Aqui vamos encontrar todo o tipo de pessoas e nem todas são cuidadosas em não soltar pedras. Eu já tive que aguentar uma “chuva” destes objectos de um grupo grande, cheio de pressa em chegar ao chão, mas com pouco respeito e cuidado com os outros.

Acesso – Da povoação de Arenas de Cabrales saímos de carro em direcção a Ponte de Poncebos e depois a Sotres. Pouco antes de chegarmos a Sotres, numa marcada curva para a esquerda, saímos em direcção a sul através de um estradão. Umas dezenas metros à frente encontramos as Invernales de Texu para onde desviamos e, atravessando o ribeiro, seguimos para o Colado de Pandébano através de uma inclinada subida inicial. No final do estradão encontramos um pequeno parque para estacionar. Nos meses de verão poderá ser difícil alcançar este parque e teremos que deixar o automóvel bem antes de o alcançar. Daqui subiremos em direcção ao colado propriamente dito e depois, seguindo sobre a encosta da esquerda, alcançar a zona de Terenosa. Esta primeira parte será a zona onde, com nevoeiro e mau tempo, nos podemos despistar com mais facilidade. De Terenosa, onde também podemos encontrar um refúgio, o caminho não tem que enganar e está bem marcado. Contar com umas três horas de subida desde onde deixamos o carro.

Dormir – podemos bivacar ou acampar próximo do refúgio do Naranjo ou então no próprio refúgio. Nos meses de Julho e Agosto poderá ser difícil encontrar vagas.


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