NEDIA [Via Narizes]

Esta parede deverá ser a maior parede de Portugal. Apesar de não ser contínua, tem uma plataforma a meio que liga as duas zonas da parede, os seus cerca de 500 metros de comprimento, a aproximação não muito fácil, e especialmente a sua longa descida, fazem com que seja uma escalada algo comprometida.

Talvez a pior parte da escalada desta parede seja precisamente a aproximação. A saída é da aldeia de Tibo. Desce até ao rio e depois de passar o rio temos que ir subindo em direcção à parede tentado fazer a pelas zonas com menos mato possível. A pior zona é próximo da parede onde as árvores e o mato mais alto não deixa ver o local exacto para onde queremos ir.

Devido à sua orientação é de todo desaconselhado escalá-la nos meses mais quentes. Já a fiz várias vezes, e uma ou duas em Junho/Julho. Em uma dessas ocasiões, quando chegamos ao cimo, estivemos à sombra de uma rocha à espera que a temperatura baixa-se e conseguíssemos descer com pouca água que tínhamos. Nessa altura do ano não há locais com água no planalto por cima da parede pelo a que levarmos será com a que poderemos contar.

É uma parede não muito difícil (os lances mais complicados são quatro, mais ou menos os mesmos que uma via na Meadinha) mas quando lá chegamos já vamos com duas horas de escalada e 300 metros de via. É uma boa parede para quem quer ensaiar uma via comprida e alpina noutro maciço.

Depois de estarmos no cimo da parede temos que rumar a norte para depois de passarmos o alto da Agua Santa encontramos um caminho usado pelo e segui-lo, mais ou menos acompanhando a linha de agua, para terminar por descer um pouco abaixo do santuário da Sra. da Peneda. Resta-nos fazer a estrada até Tibo para alcançar os carros ou termos a sorte de apanhar uma boleia.


Croqui

 

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