PEÑA UBIÑA [corredor aguja III/3 75º | 300m]


      

O corredor da Aguja é talvez, em conjunto com a Elixir de la Suerte e a Norte Clássica, um dos corredores mais percorridos do maciço de Peña Ubiña. Trata-se de um marcado canal que o torna na via mais lógica desta face o que fez com fosse uma das primeiras vias a ser abertas nesta pendente. Deve o seu nome à destaca agulha que indica o inicio do corredor. As suas maiores dificuldades localizam-se no diedro de rocha descomposta, que habitualmente fica coberto de neve e gelo, e que pode ser exposto se as condições não são as ideais.

 

APROXIMAÇÃO


A aproximação inicia-se em Torrebarrio, local onde podemos deixar o carro na praça principal (atenção onde estacionam, se o carro ficar a incomodar eles puxam-no para o lado com o tractor!) e subir o estradão de terra batida que segue até à Collada de Llandanay, na base do esporão oeste. Daqui seguimos para a sua esquerda até chegarmos aos Llanos del Fontan, local onde existem bons lugares para montar a tenda e pernoitar. Só nos restar subir a lomba empinada que nos deixará perto da entrada da via. Na entrada do corredor encontramos uma destacada e evidente agulha que marca o inicio do corredor. Na base desta encontramos um óptimo local para nos equiparmos.

 

NA VIA


Os primeiros 200 metros iniciam no cone de entrada e, conforme vamos subindo e o canal estreitando, a inclinação vai aumentando. Quando o corredor curva para a esquerda encontrarmos o primeiro ressalte. Antes dele, sobre a parede da esquerda, temos a primeira reunião com dois pitões. Neste local ficamos bem protegidos caso algo caia pelo corredor.

Lance 1 – Aqui encontramos a zona de maior dificuldade (75/80º). Podemos dividir o lance em três partes. Inicialmente temos o primeiro ressalte de uns 65/70º que nos deixa numa rampa de neve antes de um diedro de rocha descomposta. Este diedro se estiver com pouco gelo será difícil de proteger ou escalar. Neste caso escalar este lance exigirá ter bastante distancia para o último ponto de segurança. Encontramos uns pontos à nossa esquerda, e antes da zona mais vertical. que nos permitem baixar caso não haja condições, ou para montar reunião antes do diedro, que foi o nosso caso. Se a cascata está completamente formada é possível seguir logo para a esquerda em direcção ao canal de neve. Se não for o caso é possível montar reunião do lado direito antes da travessia em rocha. Aqui encontraremos pontos colocados que poderemos reforçar.

 

 

 

Lance 2 – Atravessamos para a esquerda em direcção ao canal de neve. A travessia, sem ser extremamente difícil (III+), é delicada e algo difícil de proteger devidamente. A meio, próximo de um bloco que parece querer empurrar para fora, encontraremos um pitão que melhora a situação. Continuamos pelo canal mais largo (50º) até montarmos reunião nas rochas laterais. Também é possível da mesma forma ao longo do lance.

Lance 3 – Continuamos pelo canal, cortado a meio por um pequeno ressalte de gelo (60º), e montamos a reunião seguinte uns metros acima deste.

Lance 4 – Seguimos o canal, que pouco a pouco se vai alargando, até alcançarmos a aresta do esporão oeste.

 

DESCIDA


Seguimos agora pela aresta tentando manter-nos mais possível na zona mais alta. Um pouco mais à frente, e segundo as condições, poderá ser necessário realizar um rappel num bloco de forma a continuar no fio da aresta. Se pretendemos ir ao cume resta-nos continuar as ultimas lombas que nos deixam na aresta final. Caso contrário, e logo que chegamos ao cimo do canal sul, podemos iniciar a descida por este e continuar pelo caminho que ladeia o esporão oeste até estarmos de novo no caminho de subida.

 

Info

Dormida temos várias opções. Como referencia temos o Refugio da Federação Galega, o Albergue El Rebezo em Torrebarrio, ou o hotel Valle San Emiliano.

Material – corda 60 metros, dois/três friends até #2 da Black Diamond, jogo entaladores, 2 pitões de gelo e estaca / ancora de neve segundo as condições, 5 expresses, cintas para alongamentos e uma estaca.

Previsão Meteorológica