Pico Perdiguero [subida pelo Vale Remoñe e descida pelo de Lliterola]
Apesar de não ser o mais alto de certeza um dos que tem um conjunto de percurso/desnível na zona de Benasque. Isto claro se o fizermos num único dia.
A subida habitual é pelo vale de Lliterola mas nós optamos por subir o vale de Remuñe e descer por este. O único senão em optar por esta opção é ter que garantir a deslocação entre o inicio e fim do percurso ou confiar na boa vontade de um automobilista, o que nos poupará cerca de 40 minutos de marcha pela estrada.
Começamos a subida no final da estrada que sobe o vale de Benasque (1800 m). O inicio está assinalado e próximo do local onde podemos deixar o carro, logo a seguir de passarmos o Barranco de Remuñe. Inicialmente o caminho segue a margem esquerda do barranco através de um bonito bosque. O percurso a seguir é evidente, tem marcações e vai ganhando altura enquanto o vale vai ficando cada vez mais estreito, sempre tendo vista a Forca Remuñe.
Atingimos o Ibonet de Remune (2250 m – 1h) e seguimos. Um pouco mais à frente encontramos mais um pequeno ibón e o vale faz uma ligeira divisão. O vale principal segue em direcção ao Ibón de Malpas e outro para o Portal de Remuñé. Aquí viramos à esquerda e subimos em direcção em direcção à Cresta de Les Fites de Remuñe através de forte subida por entre um caos de blocos. Quando o terreno se torna mais suave giramos para a direita no sentido do Portal (2 h).
Da base da Forca de Remuñe (2831 m) temos uma vista espectacular do Circo de Lliterola e o Ibon Blanco do mesmo nome. Descemos até este lago desagua para logo de seguida iniciar a ascensão propriamente dita do Perdiguero. Apesar de existir caminho marcado ele não é muito evidente na medida que decorre por entre grandes blocos. As possibilidades mais marcadas são mais ou menos no centro da parede e na aresta esquerda. Conforme vamos subindo a parede vai estreitando até o caminho do centro se juntar com aresta, a inclinação diminui e seguimos mais facilmente atingindo o Hito E do Perdiguero (3170m – 2h).
Depois do hito o caminho volta a empinar até atingirmos o cimo principal (3222 m – 30m) . A situação central deste cume faz dele um excelente miradouro. Maladeta, Posets, Aneto, Crabioules, Lézat, Maupas …
Na descida escolhemos o vale de Lliterola. Desta forma é possível ficar a conhecer os dois vales. Depois da fatigante descida entre blocos e blocos de rocha atingimos o Collado Ubaga (2703 m). Aqui poderíamos optar por descer para o Vale de Estós.
Nós descemos para a esquerda em direcção ao Ibonet de Lliterola (2470 m) para continuarmos pelo Barranco de Lliterola. A partir daqui o caminho é bastante lógico e percebe-se porque é que este se tornou o percurso normal para este cume. Por aquí é quase sempre um caminho de terra batida e erva que contrasta com os contínuos blocos existentes no vale que subimos.
Vamos baixando tendo sempre como visão o Pico de Alba na nossa frente. O vale vai fechando, passamos a cabana del Forcallo (2050 m) na outra encosta do barranco e vamos “quase” tropeçando na grande quantidade de marmotas que existem neste vale. Entramos na parte baixa deste e, passando a zona de bosque, atingimos a estrada (4h).