PICO TONEO [superbixen II/3 80º | 440m]

Para além dos conhecidos, e percorridos, corredores norte, na face nordeste do Pico Toneo encontramos duas linhas mais verticais. Estas talvez sejam as linhas mais técnicas que neste momento existem na zona de San Isidro. Aqui encontramos uns ressaltes de gelo formados pela fusão da neve enquanto o o sol atinge esta face logo pela manhã.
Apesar da proximidade com a estação de ski de S. Isidro, a localização e orientação tornam esta face algo isolada. Ganhamos assim uma aproximação curta e confortável para umas linhas interessantes e de ambiente alpino. Apesar da proximidade estas linhas obrigam já algum domínio das técnicas e do uso e colocação de proteções pois as vias são completamente desequipadas. Apesar de semelhantes a Superbixen é mais exigente em termos de colocação de material e mais exposta pela ausência de possibilidades em o colocar.

APROXIMAÇÃO

Depois que alcançarmos o Puerto de S. Isidro, onde se encontra a estação de ski com o mesmo nome, o melhor local para deixarmos o carro e iniciarmos a aproximação, é na parte inferior do parque de estacionamento do sector de Cebolledo. Desta forma teremos um regresso mais curto no final da escalada.

Deste local subiremos em direcção à face nordeste do Pico Toneo através da encosta que teremos na lateral do parque. Em cerca de 30 minutos alcançaremos a base da via.

NA VIA

Lance 1 – Este primeiro lance é uma aproximação ao primeiro ressalte de gelo. Aqui subiremos por uma rampa de neve com cerca de 45º até chegarmos ao ressalte. É possível fazer reunião em rocha sobre o lado direito.

Lance 2 – Escalamos o primeiro ressalte com cerca de 75/80º. Se o gelo tem espessura e consistência é possível colocar pitões de gelo. No entanto o gelo nem sempre tem espessura suficiente, situação que aconteceu connosco, o que torna a escalada algo exposta. Montamos reunião novamente sobre o lado direito, junto a uma ligeira concavidade, e antes do ressalte seguinte.

Lance 3 – Enfrentamos o segundo ressalte (75/80º mas com menos estabilidade) com uma tendência para a esquerda. Tal como o anterior, e dependendo das condições, podemos não encontrar gelo com espessura suficiente para os pitões de gelo no ressalte só sendo possível colocar estaca de neve ou ancora no campo de neve antes do ressalte. A seguir ao ressalte encontramos um campo de neve de uns 50º que atravessamos em direcção a um bloco de rocha onde montamos a reunião seguinte.

Lance 4 – Continuamos pelo campo de neve (45º) em direcção a uma zona de blocos onde passamos pelo ultimo ressalte mais complicado da via. A seguir a este resta-nos alcançar o cimo da rampa de neve que encontramos por cima deste.

Continuamos agora em direcção ao pequeno alto que vemos à nossa frente. Este alto está antes de um pequeno colo e do ultimo trepe que pode dar mais luta antes do cume propriamente dito. Toda esta parte é possível realizar desencordado, se estamos à vontade com isso e/ou as condições permitem, ou apoiado com a segurança da corda.

DESCIDA

Do cume seguimos a cresta que separa a estação de S. Isidro da de Fuentes de Inverno em direcção a sudoeste. Quando tivermos os edifícios da zona de Cebolledo à nossa esquerda (antes a pendente é muito vertical) descemos em direcção a estes até ao parque de estacionamento e ao lugar onde deixamos o carro.