S.Gerês [Travessia Campo do Gerês – Caldas Gerês]
Com o objectivo de efectuar uma marcha de dois dias para um grupo de amigos resolvi ligar alguns percursos que conhecia. Alguns deles não os fazia à mais de 10 anos pelo que era engraçado relembrá-los e recordar quando chegar ao Gerês era uma viagem de aventura entre comboios e camionetas.
Partindo do Campo do Gerês subimos à parte alta do Suadouro para seguir em direcção aos primeiros prados e ao Penedo Furado. Esta parte, praticamente sempre a subir, junta-se em determinada altura com o caminho que vem da Casa-Abrigo da Junceda para alcançar de seguida um segundo prado com o curioso nome de “Prado”.
Depois de uma paragem de “reabastecimento alimentar” seguimos para o conhecido Pé de Cabril que subimos para apreciar uma vista única só possível deste “farol”. Daqui descemos à Portela de Leonte. As subidas e descidas já se faziam sentir em alguns joelhos pelo que fizemos mais uma pausa. Inicia-mos a subida para o nosso próximo objectivo: o cimo do Borrageiro. Após chegar ao prado de Mouró as subidas são mais suaves mas o cansaço já se começa a sentir. Passamos a Freza e no cimo do Borrageiro já vamos com 1350 metros de subidas em pouco mais de 11 quilómetros. Quase a totalidade de subidas de todo o fim-de-semana. Resta descermos para a o prado das Rocas passando muito próximo da Roca Negra.
O dia seguinte amanheceu espectacular. Esperava-nos um dia mais suave. Saímos da Rocalva com destino a Chã do Pinheiro e subimos à encosta do vale do rio Teixeira. Daqui temos uma vista do caminho que nos falta para o resto do dia. Descemos ao prado do Teixeira por um caminho pouco repetido e que por vezes desaparece no meio do mato rasteiro. Aqui alguns aproveitam para mergulhar os pés na água gelada do rio e reconfortar o estômago.
Partimos em direcção à abrupta descida para as Caldas do Gerês. Passando pela Ribeira da Lomba aproveitamos parte do percurso marcado do Trilho dos Currais para chegar junto ao parque de campismo do Vidoeiro.