TÊTE DE LA MAYE – ECRINS [via gay pied]


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A Tête De La Maye é uma grande parede que domina a povoação de La Berarde, povoação em pleno maciço dos Ecrins, nos Alpes marítimos franceses, e a cerca de 70 kms de Grenoble.

Com várias dezenas de linhas entre os 250 e os 350 metros encontramos opções para todos os gostos. Tem um acesso relativamente curto, o que transforma esta parede um local óptimo para um descanso activo entre actividades ou em dias de tempo incerto nas montanhas mais altas.

Nós optamos por uma linha rápida, que nos permitisse conhecer o local e descer antes do tempo incerto que se previa para a tarde desse dia. Nesse sentido escolhemos a via Gay Pied. Com 300 metros, uma dificuldade baixa e totalmente equipada (à semelhança de muitos outros casos desta parede pois percorrem grande placas de rocha) é uma via ideal para um primeiro contacto com a rocha e o equipamento local. Apesar de equipada, a distância entre pontos é bastante espaçada – por vezes entre 5 a 10 metros – o que pode não ser opção para todas as pessoas.

 

APROXIMAÇÃO

O acesso está bem marcado, e é evidente, desde o estacionamento em La Berarde. São cerca de 45 minutos até à base seguindo as indicações das placas que indicam o acesso à face sul da Maye. Depois de 25 minutos estamos na base da parte do esporão que chega mais baixo. Continuamos pelo caminho da direita, mais ou menos horizontal, que gradualmente vai desaparecendo até chegar à base da via junto a um evidente bloco destacado. Não seguir o caminho vai evidente da esquerda e que dá acesso ao início da via Pujolidal, cujo inicio é mais abaixo.

 

VIA

A via inicia sobre a esquerda de um evidente bloco destacado. Os primeiros cinco lances são os que tem mais dificuldade. Tem cerca de 300 metros para 180 metros de desnível. Foi aberta por Michou et Michouen em 1991. Dado o relacionamento dos abridores o nome da via parece estar associado à revista francesa homossexual Gai Pied, muito conhecida no meio entre 1979 e 1992, ano em que fechou.

Lance 1 – Seguimos por uma serie de muros verticais (4c) até encontrar a meio um ligeiro subprumo que ultrapassado através de uma diagonal pela direita (5a)

Lance 2 – lance curto através de uma serie de placas intercaladas por um pequeno ressalto (3c)

Lance 3 – continuamos por outras placas com outro ressalto (4b) antes da reunião. Esta não é das mais confortáveis

Lance 4 – depois de passarmos um pequeno ressalto logo a seguir à reunião (4ª), continuamos por uma placa de aderência (4b) à nossa esquerda até encontrarmos a reunião numa grande zona de verde

Lance 5 – saímos para a direita da reunião para percorrer uma placa com fissuras que termina numa zona mais vertical com um pequeno subprumo que podemos fazer directamente (5b) ou passá-lo pela esquerda (4b)

Lance 6 – neste lance atravessamos para a esquerda através de uma placa (3b) que tem pela direita e por cima zonas de erva

 

Lance 7 – continuamos seguindo as placas fáceis com tendência para a esquerda 

Lance 8 – continuamos seguindo as placas fáceis com tendência para a esquerda

Lance 9 – continuamos seguindo as placas fáceis com tendência para a esquerda

Lance 10 – neste lance encontramos um pequeno ressalte a meio da uma placa que atacamos pelo seu lado direito (4c) para logo a seguir atravessar para a esquerda para a reunião

Lance 11 – continuamos a direito encontrando uma lomba (4b) que também pode ser evitada pela esquerda (3b). Nesta reunião, comum com outras vias, podemos sair seguindo um canal com erva à esquerda da mesma

Lance 12 – realizamos uma travessia fácil para a direita seguindo o bordo de uma zona de erva seguido por uma placa (3ª) até ao início do esporão de saída. Em comparação com os anteriores esta travessia é comprida, necessitando no mínimo de 50 metros. É possível montar uma reunião a meio, mas não tem material

Lance 13 – escalamos agora o esporão através de um muro mais vertical (4b) seguindo por umas placas que terminam no caminho que vem do refúgio du Châtelleret, e por onde seguiremos para descer

 

Equipamento – Via totalmente equipada (na altura ainda com o equipamento original mas bastante bem). 10 / 12 Expresses, capacete e mosquetões e cintas para as reuniões. Cordas no mínimo de 45m. Com cumprimentos superiores a 50m é possível juntar alguns lances pensando que para isso será necessário levar expresses em quase o dobro do recomendado.

Rocha – Granito compacto, com presas redondas e placas, onde predomina a escalada de aderência.

Horários – Aproximação 30/45 m + Via 2h30 a 4h + Descida 30m / 1h

Orientação – Sul, o que é bom pois seca rápido depois de alguma chuva de verão, mas em dias muito quentes torna o local muito quente

Alojamento – Em La Berarde, para além de uma grande zona de campismo, existem hotéis e refúgios. Nestes últimos pode ser difícil conseguir marcar na época alta. No entanto o parque de campismo é bastante agradável e ao lado de todos apoios da vila

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