TRILHO FRASSINELLI – Picos Europa [PR-PNPE 1 – de Corao aos lagos de Covadonga]
Este percurso segue a parte inferior do caminho que Roberto Frassinell, também conhecido como «el alemán de Corao», viveu nessa vila em meados do século XIX, grande amante da natureza, arqueólogo, desenhador, etc., frequentava os picos e em especial o maciço ocidental. Segundo consta este era o caminho habitual desde a sua aldeia. É também uma das vias de acesso do gado do vale de Güeña até às pastagens de Comeya e dos lagos. Trata-se de um trilho marcado pelo parque com o numero PR-PNPE 1. Vale a pena consultar o site oficial do parque onde se encontra este e outros percursos.
Apesar de poder ser feito que no sentido ascendente como descendente
eu recomendo a primeira opção apesar de bastante mais dura. Em qualquer um dos casos é necessário garantir o transporte já que o circuito não circular.
Optando por subir poderá deixar-se o carro em Corao, realizar o o percurso, descer nos autocarros que asseguram o acesso aos lagos até Soto de Cangas e fazer troço de estrada – que são cerca de dois km – entre esta aldeia e Corao. A outra opção poderá ser deixar o carro em Soto e começar aqui o percurso.
O percurso segue uma serie de caminhos rurais que ligam os campos e zonas de pastagem às aldeias (nesta altura, 2010, estão a desenvolver-se trabalhos de fornecimento de agua o que deu origem à abertura de um caminho na zona de El Calero). Até esta zona os caminhos são rodeados de árvores, o que permite serem bastante agradáveis durante os meses quentes do verão.
Quando este alcança os prados antes da estrada a paisagem altera-se tornando-se mais agreste e sem vegetação alta típica de montanha mas bastante mais quente.
Num pequeno torço o caminho segue a estrada que sobe de Covadonga até aos Lagos sendo necessário um pouco mais cuidado por causa do transito.
Numa curva da estrada, onde se encontram colocadas vários placards com a indicação do percurso. Aqui o caminho sai da estrada e volta a ser em terra batida subindo até atingir Las Tremoras e Llanos de Comeya, local onde se situavam as minas de Buferrera.
Esta zona é a parte mais plana do percurso e acumula agua em vários locais. Nestas zonas aconselho vivamente a seguir o caminho existente. Por experiência própria estes locais, que tem o aspecto compacto, são efectivamente fundos e cobertos de uma espécie de turfa/ervas aquáticas tornando a zona pantanosa e onde facilmente nos podemos afundar até à cintura.
No final do caminho encontraremos o que resta das torres do sistemas de transporte do minério. Nesta parte do percurso é necessário ter alguma atenção às marcações pois iremos subir pela zona à nossa frente que menos esperamos. O caminho segue uma parte talhada na rocha que lhe confere um encanto especial, para atingir o parque de estacionamento de Buferrera.
A ter em atenção que o nevoeiro que pode cobrir o percurso em determinadas épocas do ano dificultando a orientação em determinadas zonas do percurso.
Não deixar de ver: El Poljé de Comeya/ Minas de Buferrera / Majadas e invernales durante todo o percurso / a igreja de Abama.