SERRA GERÊS [Trilho do Pé-do-Cabril]
Este trilho segue por antigos caminhos que ligam a Portela de Leonte à aldeia de Campo do Gerês passando pelo conhecido Pé-do-Cabril e alguns seculares prados de pastoreio. Trata-se de um percurso linear pela que será necessário ter transporte no final de forma a regressar ao início, ou então ligar com vários percursos para tornar a travessia numa volta circular como fizemos em Fevereiro de 2019 (sendo que as fotografias seguem o sentido Campo do Gerês-Leonte já que foi nessa direcção que realizamos o percurso).
Este trilho não está marcado com as marcas internacionais de marcação de percursos pedestres pelo que é necessário ter conhecimentos mínimos de orientação e não estar só apoiado pelo GPS do telemóvel. Os telemóveis não estão preparados para funcionar tantas horas com o sistema de GPS ligado e as baterias tem durações curtas para este uso. De qualquer forma o trilho em Fevereiro de 2019 estava bem visível no terreno e assinalado com mariolas.
O trilho inicia-se no estradão existente por trás da casa florestal de Leonte. Subimos por ele até atingirmos uma curva apertada à direita onde saímos para um trilho de pé-posto à esquerda. Este trilho sobe por entre uma zona de azevinhos para cruzar um antigo muro de vedação do gado. Continuamos a subir até à portela, passando pelo desvio para Varziela onde seguimos pela esquerda. Aqui já vislumbramos o Pé-do-Cabril. Continuamos pelo trilho bem marcado que nos deixa na sua base.
Podemos subir ao seu cimo através de um caminho que contorna a parede que se encontra mais à frente para atingir um colo entre as duas moles de granito. Deste local só necessitamos de subir as escadas de ferro (passagem aérea e exposta) para, através de uma passagem entre blocos, atingir a plataforma cimeira.
Da base do Pé-do-Cabril iniciamos a descida tendo em atenção de alcançar a portela com muro de pedra, existente sobre a nossa direita, e que dá acesso ao evidente vale na direcção norte-sul. Seguimos o trilho que percorre o fundo do vale que nos leva ao Prado Amarelo e ao seu abrigo. Deste prado, onde outrora encontrávamos sombra nas várias árvores existentes das quais só sobram os troncos queimados, saímos para uma zona de charcos existente por trás do abrigo. Nesta zona é necessária alguma atenção em dias de nevoeiro de forma a não perder o caminho do lado contrário e ao mesmo tempo não molhar os pés nas muitas poças existentes.
Continuamos a baixar e cruzamos com o trilho das Silhas dos Ursos que nos alcança vindo da esquerda. Pouco depois atingimos a única fonte de água existente no percurso localizada umas dezenas de metros abaixo do Prado Gião. Do muro de pedra deste prado já vemos a longa descida até colo por trás da Fraga do Suadouro. Nesta zona, plana, com poucas referências, voltamos a ter que ter atenção para que, em caso de nevoeiro, não falhar o desvio à esquerda. A tendência é seguir sobre a direita pois o caminho é ligeiramente mais recto. Depois de descer ao vale resta-nos seguir o caminho inicialmente junto à linha de água, e que a cruza varias vezes, para em poucos minutos alcançar a aldeia do Campo do Gerês..
Com excepção da bica em Leonte e da existente perto do prado de Gião não existem muitos sítios para obter agua e muito menos potável.
Carta militar nº 30