TUC VALLIBERNA E TUC CULEBRES [Vale de Valliberna, aresta e Canal de Culebres]
Desde o refúgio seguimos o percurso do GR-11, subindo o vale, para um pouco mais à frente encontrar o desvio para os Ibones de
Coronas e logo de seguida, na Pleta de Llosas, encontrar o caminho que desvia para os Ibones com o mesmo nome (2225 m). Ambos os desvios estão bem assinalados. O desvio para Llosas atravessamos o à nossa direita através de uma ponte de madeira e continuamos a subir o vale. Até aqui o caminho segue por entre o pinheiros mas o seu número vai diminuindo com a altitude.
Em mais um hora chegamos ao primeiro Ibon de Valliberna, que contornamos, para continuar pelo vale até ao ibon superior (2500 m).
Daqui sai um caminho, muito menos evidente e só marcado por uns “ hitos ” , através do qual seguimos, abandonando o GR-11. Agora o percurso sobe por entre blocos de rocha e torna-se mais empinado até atingirmos o Ibon Gelado (2719 m). Atravessamos esta zona mais plana, primeiro por entre os grandes blocos e depois por pedra solta seguindo ligeiramente para a esquerda, até atingir o caminho que sobe de Llauset. Aqui viramos à direita e, seguindo o caminho bem marcado e que aumenta de inclinação, acabamos por atingir a aresta cimeira.
A aresta propriamente dita não é difícil. É relativamente larga mas com algum “patio”, com dizem os espanhóis. Seguimo-la até atingir o primeiro cume (3038 m) e quase de seguida o segundo dos Tuc de Valiberna (3056 m). Para continuar a aresta temos agora de destrepar um bocado para atingir o famoso “ Paso del Caballo ”.
Com cerca de 10 metros o passo não é especialmente difícil. É bastante aéreo e mas, se estivermos mais à vontade com os passos de escalada, pode ser ultrapassado sem nos termos que sentar. Para os mais receosos pode ser útil o apoio uma pequena corda, que poderá ser presa em um dos pitões existentes em cada extremo.
Mais meia dúzia de metros e estamos no cimo do Tuc de Culebres (3051 m). Como é obvio as vistas são espectaculares durante toda esta travessia. Logo a seguir a este cimo iniciamos a descida destrepando até ao colo de Llauset. De seguida descemos por um canal de pedra solta, e sem firmeza onde deixar-nos deslizar é a melhor solução, até ao colo de Culebres. A partir daqui um caminho bem marcado, e por uma pendente bem vertical, leva-nos até à margem contrária da Pleta de Llosas (2100 m). A melhor solução para atravessar o rio parece-nos ser continuar a descer esta margem até que, um pouco antes do refugio, possamos atravessar por uma ponte de madeira que ai existe.
Resta-nos percorrer 200 metros para estar novamente no refúgio de Coronas.